As acompanhantes deveriam aprender defesa pessoal?


Autor: Pedro Malta Gentil
Data da publicação: 6 de agosto de 2021

A prostituição e os serviços sexuais poderiam ser considerados como uma das profissões mais antigas do mundo. Desse modo, mesmo que em alguns países ela seja considerada uma atividade ilícita ela continuará existindo. Sendo assim, a prostituição foi construída sobre o desequilíbrio do poder masculino sobre o feminino e normalmente é a mulher quem vende seus serviços sexuais.

Decerto a relação comercial vinculada a esse tipo de atividade está repleta de casos de violência e opressão. Por esse motivo, um dos requisitos essenciais para poder praticar a profissão com mais segurança seria aprender e praticar algumas das técnicas de defesa pessoal que existam.

Existe diferença entre defesa pessoal para homens e mulheres?

As mulheres não são normalmente menores que os homens, será que existe alguma técnica diferente de acordo com o gênero? De fato, uma boa técnica de autodefesa física que requer táticas específicas para se defender contra qualquer tipo de golpe é igual tanto para homens como para mulheres.

Portanto, não existe uma técnica que seja específica para um gênero em questão, muito menos um sistema de luta para homens e mulheres. Sendo assim, os princípios funcionaram e se aplicam para todos sem distinção. Em suma, as mulheres necessitam aprender a se defender dos mesmos ataques que os homens e se uma técnica é mais efetiva para os homens, ela também será para elas e vice-versa.

Cresce o número de crimes contra as acompanhantes

Não seria novidade saber que a violência no cenário da prostituição são constantes e ocorrem de diversas maneiras. Em primeiro lugar, a grande maioria das acompanhantes, salvo as acompanhantes de luxo, normalmente não escolhem os seus clientes. Por essa razão, existe uma verdadeira razão para que essas mulheres treinem alguma técnica de defesa pessoal.

Ademais, justamente pela natureza e da falta de regulação da profissão, muitas garotas de programas não sofrem apenas violência física. Mas também, estão expostas a todo tipo de violências, como o tráfico, estupros, abusos sexuais, roubos e uma das mais perversas formas de violência: a violência psicológica.

Os perigos da prostituição e os direitos das acompanhantes

Com o intuito de conscientizar e dar voz a essas profissionais do sexo, sugiram algumas ONGs em defesa dos seus direitos. Desse modo, através da promoção da cidadania e de atividades educacionais e sociais essas instituições defendes os direitos dessas trabalhadoras.

Nesse sentido, algumas ocorrem palestras para reforçar os direitos e deveres das prostitutas, bem como o papel da segurança pública. Além dos casos de violência contra as prostitutas, essa ONGS também são responsáveis por despertar a conscientização dessas profissionais e da sociedade.